Meu namorado, número um, às vezes se faz criança. E atos infantis, como desligar a torneira enquanto lavo as mãos ou escovo os dentes, ou me empurrar na cama e sair andando, se tornam as melhores risadas do meu final de semana. Rio com vontade, revido, e quase sempre perco. O meu namorado número um, detesta me ver quieta ou em pranto, ele então diz alguma coisa que me faz de novo alegre e sem qualquer rastro ou vestígio de tristeza, enlaço de novo meus braços em seu pescoço e vários beijinhos distribuídos em torno do rosto. Meu namorado tem a sobrancelha que adoro desenhar com a unha, a mão que adoro apertar duas vezes seguidas, o abraço que me acolhe pra dentro de um mundo que poucos descobrem. De fraco, nada tem meu namorado, não. E a força que me passa, em forma de elogios, presença pra que consiga aguentar as horas e o mundo me sentindo a melhor mulher da geração apenas por ter pra si o melhor dos homens. Forte também essa nossa ligação, a cada dia ainda mais composta. Meu namorado é quem apenas poderia assim ser chamado. É meu vício ocasional. Melhor que o sonho mais bem projetado. Meu namorado, número um. Eu, sua quarta que não é feira, mas que contente em que ele não siga para o número cinco – me contento com um singular primeiro (e espero que, único).
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